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sexta-feira, 26 de março de 2010

Portugal é um País de cavalgaduras...

Não admira que num país assim emirjam cavalgaduras, que chegam ao topo, dizendo ter formação, que nunca adquiriram (Olá! camarada Sócrates...Olá! Armando Vara...), que usem dinheiros públicos (fortunas escandalosas) para se promoverem pessoalmente face a um público acrítico, burro e embrutecido.

Este é um país em que a Câmara Municipal de Lisboa, desde o 25 de Abril distribui casas de RENDA ECONÓMICA - mas não de construção económica - aos seus altos funcionários e jornalistas, em que estes últimos, em atitude de gratidão, passaram a esconder as verdadeiras notícias e passaram a "prostituir-se" (Olá! Batista Bastos... ainda és comunista?!) na sua dignidade profissional, a troco de participar nos roubos de dinheiros públicos, destinados a gente carenciada, mas mais honesta que estes bandalhos.

Em dado momento a actividade do jornalismo constituiu-se como O VERDADEIRO PODER. Só pela sua acção se sabia a verdade sobre os podres forjados pelos políticos e pelo poder judicial. Agora contínua a ser o VERDADEIRO PODER mas senta-se à mesa dos corruptos e com eles partilha os despojos, rapando os ossos ao esqueleto deste povo burro e embrutecido. Para garantir que vai continuar burro o grande cavallia (que em português significa cavalgadura) desferiu o golpe de morte ao ensino público e coroou a acção com a criação das Novas Oportunidades.

Gente assim mal formada vai aceitar tudo e o país será o pátio de recreio dos mafiosos.

A justiça portuguesa não é apenas cega. É surda, muda, coxa e marreca.•
Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso, apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção. Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros. Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um fim, ponto final, assunto arrumado. Não se fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada.•
Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que, nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas Consequências, nada é definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.

Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia, foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao caso Casa Pia, sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou, nem quem são os criminosos ou quantos crimes houve.

Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituámo-nos a prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal, e que este é um país onde as coisas importantes são "abafadas", como se vivêssemos ainda em ditadura.

E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este estado de coisas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogs, dos computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.

Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport Lisboa Benfica, da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga Parques ao grande empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho, há por aí alguém quem acredite que algum destes secretos arquivos e seus possíveis e alegados, muitos alegados crimes, acabem por ser investigados, julgados e devidamente punidos?

Vale e Azevedo pagou por todos?

Quem se lembra dos doentes infectados por acidente e negligência de Leonor Beleza com o vírus da sida?

Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado num parque aquático?

Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico?

Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana?

Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?

Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma.

No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível, alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a condenar alguém?

As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da criança, contribuindo para a confusão desta investigação em que a Polícia espalha rumores e indícios que não têm substância.

E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe aconteceu? E todas as crianças desaparecida antes delas, quem as procurou?

E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos, alguns menores, onde tanta gente "importante" estava envolvida, o que aconteceu?

Arranjou-se um bode expiatório, foi o que aconteceu.

E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela reconheceu imensa gente "importante", jogadores de futebol, milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu e porquê?

E os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran mais os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que isso pára?

O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha.

E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter assassinado doentes por negligência? Exerce medicina?

E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é apenas cega, é surda, muda, coxa e marreca.

Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao esquecimento.

Ninguém quer saber a verdade. Ou, pelo menos, tentar saber a verdade.

Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e abusarão de crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto que os abusos sobre meninas ficaram sempre na sombra.

Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade.


Este é o maior fracasso da democracia portuguesa


Clara Ferreira Alves - "Expresso"

Tragam os liberais, privatizem Portugal

O liberalismo não morreu após a crise financeira. Pelo contrário, ela veio comprovar que mais Estado é mais impostos. O PSD devia estar a discutir esse Plano A para o País, não o Plano B para a sucessão interna. É preciso resgatar os liberais das catacumbas. Quem se atreve?

Os liberais foram excomungados pelos políticos. Atribuiu-se-lhes a culpa da crise financeira, o que não é rigoroso, e prometeu-se que a deriva dos mercados jamais voltaria a respirar. Mas nem todos os que defendem a economia livre e em concorrência, a iniciativa privada e o Estado regulador estavam errados. Aliás: errados estavam os que previram a morte dos mercados. Ei-los pujantes, lucrativos e decisores de futuros como o de Portugal.

A crise medrou na desregulamentação de um ultraliberalismo irresponsável numa geografia específica, a "Anglo-saxónia". Análises erradas concluíram que o ultraliberalismo era o corolário do liberalismo, quando chegou a ser a sua negação: um Estado liberal precisa de regras, de leis, de regulação, de proibições, de cadeias, de punições, de antíteses.

Uma coisa, a crise testou: a consistência ideológica de muitos. Derreteu-se como cera ao sol. Um dia voltarão a sê-lo. Quando for chique. Outros apenas hibernaram, deixando passar o Inverno: durante muito tempo, de nada valia questionar as ajudas às empresas mediáticas e empregadoras, que só adiaram falências e desempregos. Sem procura, não há oferta. A alma de um Estado não é um estado de alma.

A mesma crise que recolocou o Estado no centro da sociedade, pagando as contas do desvario, mostra como ele é caro de mais. Está na hora de os liberais saírem da toca.

Em Portugal, já concluímos que o Estado é caro, insustentável e ineficiente. Não podemos pagar tantos salários, pensões, riscos a privados, filigranas partidárias, subsídios, incentivos, apoios, enlatados sob o chapéu-de-chuva da protecção estatal. Não é uma ideologia, é viabilidade.

O País está ao contrário. As empresas entregam dependências ao Estado. E já está a acontecer uma privatização da saúde, do ensino, da segurança, até da justiça que negamos mas que, por ser um escape, e não uma estratégia, privilegia as classes mais altas, discriminando a sociedade pelo dinheiro. Isso não é Estado a mais, é Estado para menos.

As escolas privadas, os hospitais, as empresas de segurança, as arbitragens extrajudiciais reproduzem-se, têm listas de espera. São estradas paralelas às escolas sem autoridade, aos hospitais sem disponibilidade, às polícias sem os polícias, aos tribunais sem calendário. A privatização está a acontecer pelas forças do mercado, não por opção do Estado. As suas funções estão a ser redefinidas por imposição, deixando sob o chapéu-de-chuva minguante os que não têm dinheiro e dando incentivos contrários a quem quer, por mérito e correndo riscos, sair de debaixo dele. Os políticos perdem. Já se diz que isto, com Democracia, não vai lá, como alvitrou sinistramente Jorge Coelho há dias. Como avisou Silva Lopes. Como não se atreveu a enunciar Vítor Bento.

É por isso que o futuro do PSD é importante. Não para que seja uma alternativa de Governo, isso já é. Mas para que seja uma alternativa política, o que desistiu de ser. A única referência de centro-esquerda hoje é José Sócrates. E de centro-direita também. O que é mau para o País e para ele próprio. Clama-se por acordo político alargado. Antes é preciso que a política alargue.
Sim, precisamos de estadistas. Mas também precisamos de políticos. Incluindo os que ousam propor outra via. A do mérito, dos privados, da liberdade económica, do contrário que temos praticado e defendido. Pedimos um Estado lindo, mas ficámos num lindo estado. Repito: quem se atreve?

“Pedro Santos Guerreiro”

“Guerra injusta”

É hora da despedida
O barco abandona o cais,
Num adeus de mão erguida
Quantos para nunca mais.
Neste palco de terror
Lisboa era cenário,
Corações cheios de dor
Nesses anos de calvário.
Tantas famílias de luto
Jovens atemorizados,
As moças rezam em grupo
P’ la sorte dos namorados.
Os soldados não têm culpa
Perdão irmão africano,
Pela luta tão injusta
Que travamos lado a lado.


Versos autoria de: Rodela

quinta-feira, 25 de março de 2010

Relatividade a distância

Agência FAPESP – A análise de mais de 70 mil galáxias, conduzida por um grupo internacional de físicos, demonstrou que o Universo funciona de acordo com as regras descritas há quase 100 anos por Albert Einstein – tanto nas proximidades da Terra como a mais de 3,5 bilhões de anos-luz de distância.
Ao calcular a união dessas galáxias, que formam aglomerados e se estendem por quase um terço da distância até o virtual limite do Universo, e ao analisar as velocidades e distorções desse fenômeno, os pesquisadores demonstraram que a Teoria da Relatividade Geral se aplica ao que ocorre em escala cósmica.
Outra consequência direta do estudo é que a existência de matéria escura é a explicação mais provável para a constatação de que as galáxias e os aglomerados se movem pela influência de algo a mais do que é possível observar.
“Uma consequência interessante ao lidar com escalas cosmológicas é que podemos testar qualquer teoria completa e alternativa da gravidade, porque ela deveria prever as coisas que observamos”, disse Uros Seljak, professor na Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, e no Instituto de Física Teórica da Universidade de Zurique, na Suíça, um dos autores do estudo.
“As teorias alternativas que não requerem matéria escura não passaram nos testes”, disse Seljak. Uma delas é a teoria da gravidade tensor-vetor-escalar (TeVeS), que modifica a relatividade geral ao evitar contemplar a existência da matéria escura.
O novo estudo contradiz um outro divulgado no ano passado que indicou que o Universo em seu início, entre 11 e 8 bilhões de anos atrás, não poderia se encaixar na descrição relativística geral da gravidade.
O novo trabalho foi publicado na edição desta quinta-feira (11/3) da revista Nature e tem como um dos autores James Gunn, professor de física na Universidade Princeton e “pai” do Sloan Digital Sky Survey, projeto iniciado em 2000 que pretende mapear um quarto do céu, observando mais de 100 milhões de objetos.
De acordo com a Teoria da Relatividade Geral, publicada por Einstein em 1915, a matéria (energia) curva o espaço e o tempo à sua volta – a gravitação é um efeito da geometria do espaço-tempo.
Isso significa que a luz se curva à medida que passa por um objeto de grande massa, como o núcleo de uma galáxia. A teoria foi validada muitas vezes na escala do Sistema Solar, mas testes em escala galáctica ou cósmica até então se mostraram inconclusivos.
Tais testes se tornaram importantes nas últimas décadas porque a ideia de que uma massa invisível permeia todo o Universo foi combatida por diversos físicos teóricos, levando a teorias alternativas que alteraram a relatividade geral de modo a não contemplar a existência de matéria escura.
A teoria TeVeS, por exemplo, estipula que a aceleração causada pela força gravitacional de um determinado corpo depende não apenas da massa desse corpo, mas também do valor da aceleração promovida pela gravidade.
A descoberta da energia escura, a força misteriosa que causa a expansão acelerada do Universo, levou à formulação de outras teorias para explicar a expansão sem levar em conta a energia escura, cuja existência ainda é hipotética.
Segundo Seljak, testes para comparar teorias concorrentes não são fáceis. Experimentos cosmológicos, como detecções da radiação cósmica do fundo em microondas, tipicamente envolvem medir flutuações no espaço, enquanto teorias gravitacionais estimam relações entre densidade e velocidade, ou entre densidade e potencial gravitacional.
“O problema é que o tamanho da flutuação, por ele mesmo, não nos diz coisa alguma sobre as teorias cosmológicas que estão por trás. Trata-se essencialmente de uma perturbação da qual gostaríamos de nos livrar”, disse.
Ao usar dados de mais de 70 mil galáxias vermelhas distantes, obtidos pelo Sloan Digital Sky Survey, Seljak e colegas verificaram que a teoria TeVeS mostrou resultados além dos limites de erro estabelecidos. A Teoria da Relatividade Geral se encaixou dentro do limite.
Os pesquisadores pretendem reduzir a margem de erro e, para isso, querem ampliar o escopo da análise para 1 milhão de galáxias. A quantidade será possível com a entrada em operação do projeto Baryon Oscillation Spectroscopic Survey, previsto para daqui a cinco anos.
O artigo Confirmation of general relativity on large scales from weak lensing and galaxy velocities (Vol 464 | 11 de março de 2010 | doi:10.1038/nature08857), de Reinabelle Reyes e outros, pode ser lido na Nature em www.nature.com.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Heterofobia e o caso dois “Shephards”

Muitas agressões violentas que heterossexuais sofrem de homossexuais são ignoradas no debate sobre crimes de ódio

HARRISBURG, Pensilvânia, EUA, 21 de dezembro de 2009 (Notícias Pró-Família) — Alega-se que tanto Matthew Shephard quanto Jason Shephard foram vítimas de crimes de ódio. Alega-se que ambos foram visados por seus respectivos agressores por causa de sua orientação sexual. Mas diferente do primeiro Shephard, Jason Shephard foi assassinado por sua heterossexualidade por um agressor homossexual, e uma organização pró-família quer saber se a nova lei federal contra crimes de ódio seria aplicada em ambos os casos.
A Associação da Família Americana da Pensilvânia argumenta que os heterossexuais visados por homossexuais por causa de sua orientação sexual deveriam receber as mesmas acusações formais que recebem os heterossexuais que visam homossexuais. A nova lei federal contra crimes de ódio “Lei de Prevenção aos Crimes de Ódio Matthew Shephard e James Byrd Jr.” aplica proteções federais especiais para vítimas de crimes que são visadas por seus agressores por causa de sua “real ou percebida orientação sexual e identidade de gênero”.
Os ativistas homossexuais lutaram para aprovar o projeto de lei, que o Congresso aprovou como uma emenda num projeto de lei de defesa nacional e o presidente Obama o sancionou em outubro.
Mas e quanto aos heterossexuais visados por homossexuais por causa de sua orientação sexual? A AFA da Pensilvânia diz que se a lei tiver de ser aceita literalmente, então os homossexuais deveriam também enfrentar instauração de processos por agredir brutalmente vítimas visadas por sua heterossexualidade. Contudo, esses nomes recebem pouca atenção, principalmente nos meios de comunicação nacionais.
Diferente de Matthew Shephard — cujos agressores confessaram ter cometido o assassinato brutal por causa de drogas e não a orientação sexual dele — Jason Shephard de Filadélfia foi morto por estrangulamento em 2006 por William Smithson, de 44 anos, por resistir a seus avanços e estupro homossexual. Smithson trabalhava na empresa em que Shephard era estagiário, e premeditou o ataque sexual contra Shephard, colocando de modo despercebido uma droga de sonolência na bebida de Shephard durante um jantar. Para acobertar o crime, Smithson registrou pessoalmente um boletim de ocorrência notificando o desaparecimento de Shephard, e até se apresentou para a família de Shephard, antes que a polícia finalmente o pegasse em flagrante tentando se desfazer do cadáver em decomposição.
Na sexta-feira, o Tribunal Superior da Pensilvânia confirmou a condenação de Smithson por assassinato de primeiro grau, sentenciando-o a prisão perpétua.
E diferente de Matthew Shephard, o assassinato do heterossexual Jason Shephard cometido por um homossexual recebeu atenção quase que somente da Pensilvânia, sem que se reivindicassem iniciativas legislativas ou públicas por causa da tragédia da morte dele. O jovem que se descrevia como “um filho de cavalheiro indo ver o que o mundo tinha a oferecer” tem uma simples página no Facebook dedicada à sua memória, por amor daqueles que o conheceram.
“Quem nos Estados Unidos dá atenção a seus nomes ou agora ao nome de Amanda Collette?” perguntou Diane Gramley, presidente da AFA da PA, querendo saber se os casos de vítimas heterossexuais também receberiam a mesma proteção especial concedida a homossexuais visados pela orientação sexual sob as leis contra crimes de ódio.
Collete, uma estudante de 15 anos numa escola secundária em Miami, foi assassinada por uma colega de classe lésbica de 16 anos por rejeitar os avanços lésbicos dela. O jornal Miami Herald informou que a lésbica Teah Wimberly confessou para a polícia que matou Collete a tiros em novembro de 2008 de modo que “ela também sofresse”.
Em Prairie Grove, Arkansas, Joshua Brown e David Carpenter amarram o adolescente Jesse Dirkhising, de 13 anos, e o sodomizaram até matá-lo. WorldNetDaily relata que Dirkhising morreu em seu próprio vômito enquanto Brown e Carpenter interromperam seu selvagem ataque sexual para lanchar.
Nicholas Gutierrez de Chicago estuprou, espancou, esfaqueou e estrangulou Mary Stachowicz, de 51 anos, escondendo seu corpo debaixo do piso de seu apartamento, pelo simples motivo de que Stachowicz havia lhe pedido para deixar o estilo de vida homossexual.
Para Gramley, esses casos brutais — não menos brutais do que o assassinato de Matthew Shephard — parecem bem qualificados para receber acusações formais de crimes de ódio. Mas conforme aponta a AFA da PA, só os homossexuais como vítimas de “crimes de ódio” podem exigir atenção nacional: o assassinato de Matthew Shephard produziu mais de 3.000 notícias no mês após sua morte, enquanto só quarenta notícias apareceram no mês após o brutal estupro e assassinato do adolescente Dirkhising.
“Só o fato de que o projeto de lei contra crimes de ódio sancionado pelo presidente Obama em outubro tem o nome do homossexual Matthew Shephard revela a verdadeira intenção de seus promotores — dar proteções especiais para homossexuais, bissexuais e transgêneros”, comentou Gramley. “Predigo que os assassinatos de heterossexuais cometidos por homossexuais continuarão a ser ignorados”.
Muitas organizações pró-família suspeitavam que a Lei Matthew Shephard tinha o objetivo de tornar os homossexuais e os transgêneros uma classe protegida debaixo da lei federal. Mas permaneceram outras preocupações sérias.
Os oponentes da legislação contra crimes de ódio em geral acusam que essas leis violam o devido processo e cláusulas de proteção igual da 14ª Emenda da Constituição dos Estados Unidos tornando os pensamentos de uma pessoa um fator tão importante quanto a natureza de seu ato na instauração de processos contra um crime.
Os Secretários de Direitos Civis dos EUA escreveram cartas aos líderes da Câmara dos Deputados e do Senado condenando a lei, dizendo que eles “consideram a ampla federalização do crime como uma ameaça às liberdades civis”. Os secretários também chamaram a atenção para o fato de que a lei cria uma brecha legal para as proibições da Constituição ao double jeopardy [condição de ser julgado duas vezes pelo mesmo crime], porque a lei permite que o governo federal julgue uma pessoa que já foi inocentada num julgamento estadual, pelo mesmo crime.

Peter J. Smith

sexta-feira, 19 de março de 2010

Uma perguntinha


Se o Cristiano Ronaldo arrumar com um murro na cara de um jornalista que lhe esmiuça a vida num aeroporto, a caminho de um jogo da Selecção, o que acontece? E se tivesse sido João Pinto? E se for David Luiz a fazê-lo? Ou… se for o Bruno Alves? Pepe!
E se Queiroz o tivesse feito ao serviço do Machester e o jornalista fosse inglês? E se fosse José Mourinho a um italiano? AH! E se tivesse sido Scolari a dar uns safanões num comentador do Jogo? E se Jesus esmurrasse Madail? E se fosse Jesualdo a acertar em Hermínio Loureiro? Sim! Tudo gente que se conhece há muitos anos, ao banano e em serviço, como Carlos Queiroz a caminho de uma cerimónia oficial PAGO PELA FEDERAÇÃO!.
Os que pensam que ser patriota é passar esponjas em cima de alarvidades e indisciplina, terão que guardar as pedras que frequentemente atiram. E volto a lembrar um post que aqui escrevi há dias: “SEGUREM-ME SENÃO PROVOCO-O“. Porque parece que é oficial: em Portugal o estalo e o murro passou a ser legítimo no futebol, desde que haja provocação, duas palavras ou, simplesmente, se os comentários não agradam.

Esta cena do Prof. Queiroz a treinar boxe num hangar de aeroporto, é simplesmente a triste imagem do futebol nacional, que já só funciona ao sopapo e ao banano, e seguindo os melhores exemplos de Sá Pinto e Compª Ldª, sejam eles do FCP, SLB ou do Cascaqueira F.C..
O Mundial de Futebol que se aproxima, vai ser para a dita Seleccão Nacional dos Portugas (que eu designo desde a primeira hora como de Seleccão dos Matraquilhos) uma suave passagem no tempo, e uma muito agradável viagem turística para um grupo de amigos que vão passar 3 semanas a Africa do Sul para ver leões e girafas, e jogar 3 peladinhas, regressando a casa com umas boas fotos de umas muito simpáticas férias pagas com o dinheiro de 10 milhões de troxas...

João Massapina

quinta-feira, 11 de março de 2010

Evolução explica "bondade"?

Por que as pessoas fazem o bem? A bondade está programada no nosso cérebro ou se desenvolve com a experiência? O psicólogo Dacher Keltner, diretor do Laboratório de Interações Sociais da Universidade da Califórnia, em Berkeley, investiga essas questões por vários ângulos e apresenta resultados surpreendentes. Em seu novo livro Born to be good: the science of a meaningful life (W.W.Norton, 2009, ainda sem tradução em português), Keltner compila descobertas científicas que revelam o poder da emoção humana inata e criam conexões entre as pessoas, segundo ele um caminho eficaz para uma boa vida. Em entrevista, o pesquisador discute altruísmo, neurobiologia e aplicações práticas de suas descobertas.

Mente&Cérebro – Para o senhor, que quer dizer a expressão “nascido para ser bom”?
Dacher Keltner – Significa que a evolução criou uma espécie, os humanos, com inclinação para bondade, brincadeira, generosidade, reverência e autossacrifício – vitais para a evolução, vale dizer, sobrevivência, replicação genética e habilidade de convívio em grupo –, que se manifestam por meio de emoções como compaixão, gratidão, medo, vergonha e felicidade. Estudos recentes revelam que as capacidades humanas de cuidar, brincar e respeitar foram desenvolvidas pelo cérebro e pela prática social.
M&C – Uma das estruturas corporais que parece ter sido adaptada para gerar altruísmo é o nervo vago, como sua equipe em Berkeley descobriu. Fale um pouco sobre essa pesquisa e suas implicações. Keltner – O nervo vago é um feixe neural que se origina no topo da espinha dorsal. Ele estimula diferentes órgãos (como coração, pulmão, fígado e aparelho digestivo). Quando ativo, produz uma sensação de expansão confortável no tórax, como quando estamos emocionados com a bondade de alguém ou ouvimos uma bela música. O neurocientista Stephen W. Porges, da Universidade de Illinois em Chicago, há tempos argumenta que essa região cerebral é o “nervo da compaixão”. Acredita-se que esse nervo estimule alguns músculos na cavidade vocal, permitindo a comunicação. Estudos recentes apontam que ele pode estar conectado à rede de receptores para a oxitocina, neurotransmissor relativo à confiança e aos laços maternais. Nossas pesquisas e as de outros cientistas indicam que a ativação dessa região está associada aos sentimentos de cuidado e intuição que humanos de diferentes grupos sociais têm. Pessoas com alta ativação dessa região cerebral são mais propensas a desenvolver compaixão, gratidão, amor e felicidade. A psicóloga Nancy Eisenberg, da Universidade Estadual do Arizona, descobriu que crianças com atividade alta do nervo vago têm mais chances de cooperar e doar. Segundo pesquisas recentes, ele estimula tal comportamento.


M&C – Frequentemente, quando lemos trabalhos acadêmicos sobre emoções, moralidade e áreas relacionadas, perguntamos: existe alguma coisa que possamos fazer para usar isso na prática? Ao olhar para o futuro, que repercussão o senhor gostaria que seu trabalho tivesse?
Keltner – Em resumo, após tratar da nova ciência das emoções no meu livro, percebi o quanto isso é útil. Segundo alguns estudos, cooperação e senso moral são traços evolucionários, e essas habilidades são encontradas nas emoções sobre as quais escrevo. Uma ciência da felicidade está revelando que esses sentimentos podem ser cultivados, o que traz o lado bom dos outros – e o nosso – à tona.
M&C – O que esse tipo de ciência o faz pensar?
Keltner - Ela me traz esperanças para o futuro. Que nossa cultura se torne menos materialista e privilegie satisfações sociais como diversão, toque, felicidade, que do ponto de vista evolucionário são as fontes mais antigas de prazer. Vejo essa nova ciência em quase todas as áreas da vida. Os médicos, por exemplo, hoje recebem treinamento para desenvolver empatia para com seus pacientes, ouvi-los, tocá-los com carinho; são atitudes que ajudam no tratamento. Os professores interagem com mais proximidade com seus alunos. Ensina-se meditação em prisões e em centros de detenção de menores. Executivos aprendem que inteligência emocional e bom relacionamento podem fazer uma empresa prosperar mais do que se ela for focada apenas em lucros.

segunda-feira, 8 de março de 2010

A grande fraude eleitoral

O actual governo do senhor Pinto não é mais do que uma imensa fraude eleitoral, e já o anterior, (e anteriores de outras cores e siglas) não passava(m) disso mesmo, embrulhado(s) na palavra maioria.
Mas maioria de que...
Constitui-se hoje o governo do PS como maioria relativa, mas não passa de uma pequena minoria, dos cerca de 60% que votaram.
Os outros 40% que não votaram, são indicados pelos dados técnicos conhecidos como pertencentes ás camadas mais pobres da população.
Vejamos os números com olhos de ver:
. Inscritos nos cadernos eleitorais 9.337.314
. Votantes 5.658.778
. O PS obteve 2.068.665
O senhor Pinto (des)governa Portugal com dois milhões de votos sobre 9.337.314.
Desta forma temos 7.268.649 portugueses que não votaram no P.S. do senhor Pinto, e os que nele votaram representam apenas 36,6% dos votantes, e menos de 22% dos inscritos, isto é não chega a 22 portugueses em cada 100 que votaram no PS do Pinto calçudo...
O mesmo é dizer que em cada 100 portugueses 78 não votaram no PS Sócrates.
Esta é assim uma maioria relativa da treta, que esta abençoada pelo corporativismo generalizado da classe política nacional.

“João Massapina”