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domingo, 23 de maio de 2010

Obscuridade da informação

Vamos encarar os fatos: atualmente, uma parte da mídia (sensacionalista) está sendo sufocada pela conversa fiada. Tenta-se impressionar ou confundir os leitores com informações de caráter inconveniente, presunçoso, exagerado e enganoso. Lero-lero que se tornou a linguagem corrente para o sucesso no mundo dos negócios editoriais.
Pois muito bem. No último fim de semana, como rotineiramente faço todos os domingos, visito uma das bancas de revista da praia de Tambaú para recolher as publicações que previamente eu as encomendo. Ao passar a vista noutras obras impressas, prendi atenção (em especial) naquela que se destacava com a seguinte manchete de capa: “Por que os Beatles acabaram?”.
Como aficionado pela música e pela história da maior banda de todos os tempos, não tive outra escolha, comprei a referida revista, diga-se de passagem, de grande circulação nacional e internacional. A alegria pela compra era como de um garoto que tivesse acabado de receber uma montanha de presentes na manhã de Natal.
Olha, serei breve no comentário da leitura dessa matéria. Não tão breve quanto Salvador Dali, que fez o discurso mais curto do mundo. Ele disse: “Serei breve, portanto, já encerrei”. Exageros à parte, concluí que nada de novo foi revelado, exceto aquilo que todos já sabem: as maquinações de Yoko Ono, lendária paixão de Jonh Lenon; a maléfica malícia de Allen Klei, então empresário do grupo; e outras expressões bombásticas coloridas e cheias de histórias mirabolantes.
Disse de mim para mim: Caramba, fui ludibriado! Nem com aura meio intelectualóide consegue convencer o dialético verborrágico do jargão da manchete. Você, caro leitor, deve estar pensando: por que diabo esse periódico assumiu tamanho risco? Se é que, tal editor, isto não seja dramático, enganador, besteira, sem importância...
Ora, dispensável dizer, se você deseja se conectar com o público, precisa ganhar honestamente a atenção das pessoas. Não deixe futilidades, floreios e palavreados invadirem a descrição das notícias. Torne-os verdadeiros. Se não encontrar um jeito de manter sua atenção, outra pessoa ou outra coisa irá fazê-lo. Para divertir e encantar o público ninguém precisa ser Steve Spielberg. Basta ser sincero!
Seja pelas vias retas e tortas, nós não podemos nos metamorfosear em armadilha da obscuridade que caem os idiotas (como eu) fruto de almas distraídas, consumistas ou embriagadas pela busca da boa informação midiática.
Sob a luz do dogma moral, ai está, em essência: a embromação corrói a credibilidade, enquanto o relato franco rende dividendo.

LINCOLN CARTAXO DE LIRA

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