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sábado, 31 de julho de 2010

Gestos dos políticos podem revelar os seus pensamentos

De acordo com um estudo publicado na PloS ONE, os gestos dos políticos podem revelar os seus pensamentos.

“Em testes de laboratório, os destros e canhotos associavam as ideias positivas como a honestidade e a inteligência ao seu lado dominante e as ideias negativas ao lado não dominante”, afirma Daniel Casasanto do Instituto Max Planck de Psicolinguística em Nijmegen, na Holanda.


Para descobrir se as pessoas relacionam o “bem” com o lado dominante, Casasanto e o co-autor Kyle Jasmin examinaram os gestos espontâneos durante os discursos negativos e positivos nos debates das mais recentes eleições presidenciais norte-americanas.

As eleições de 2004 e de 2008 envolveram dois destros (Kerry e Bush) e dois canhotos (Obama e McCain). Casasanto e Jasmin descobriram que os candidatos destros fizeram uma maior proporção de gestos com a mão direita quando expressavam ideias positivas e usavam a esquerda para os pensamentos mais negativos. Foi ainda comprovado o oposto para os canhotos, que favoreciam a mão esquerda para os pensamentos positivos e a direita para os negativos.

Em muitas culturas, existem expressões que associam o bem à direita e o mal à esquerda, como por exemplo: “entrar com o pé direito”, para dar sorte ou “cruzes, canhoto”, associado ao diabo.

Convenções culturais

Do mesmo modo, é clássico os políticos serem aconselhados a utilizarem principalmente a mão direita. No entanto, estas convenções culturais em nada ajudam a explicar os gestos dos canhotos.

“Em geral, os dados suportam a ideia que as pessoas associam as coisas boas com o lado do seu corpo que podem usar mais fluentemente”, explica Casasanto.

A mão que os indivíduos usam para gesticular enquanto falam pode ser um sinal de como sentem o que estão a dizer.

Nos debates políticos, os gestos da mão não-dominante ocorrem mais frequentemente durante as afirmações negativas do que durante os discursos positivos, num rácio de 2 para 1 de Obama, 3 para 1 de Kerru, e 12 para 1 de McCain. Os autores explicam ainda que observar as mãos dos políticos podem ser uma ajuda para os eleitores perceberem a suas mentes.


Com a devida venia a Ciencia Hoje

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