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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Trabalho de equipe

Fui um notável admirador da Fórmula1, atualmente já não sou mais, deve-se, acredito, à ausência do respeitável piloto-fenômeno Airton Senna. Mas, de vez em quando, dou uma espiadinha em algum GP.
Segundo os entendidos no assunto, o êxito do resultado de uma corrida, depende em grande parte do piloto, de um bom carro e de uma boa equipe. Por isso, que se diz que a F-1 é um esporte coletivo, de trabalho de equipe.
Que fique uma coisa bastante clara: trabalhar em equipe não é, apenas, uma técnica administrativa. É, também, um princípio de gestão!
Dias atrás, ouvi um discurso de um gestor público, com aquela “humildade argentina”, dizendo que no seu governo “eu fiz isso, fiz aquilo”. Empolgado com a embriaguez do poder, sentindo-se quase santificado, puxado por uma retórica prolixa e repetitiva, dizia ainda “eu construi milhares de unidades habitacionais; eu, eu, eu... sempre eu!”. Nem um momento ele citou o nome de algum auxiliar ou colaborador que concorreu para o seu desempenho administrativo.
É verdade. Triste retrato da visão e prática tupiniquim. Como bem disse Tancredo Neves, o grande político mineiro: “Se Deus não lhe deu graça da humildade, peça a Ele o da dissimulação e finja que é modesto”.
O cara o qual me referi (no anonimato, é claro!) é exemplo daquele que a culpa nunca é sua. As glórias, sempre. Porém, ninguém é bobo achar que um gestor poderia acumular, sozinho, todas as áreas de conhecimento necessárias para o melhor funcionamento de uma corporação.
Pela lucidez plena de contemporaneidade, um dos requisitos mais exigidos dos profissionais pelas organizações é sua capacidade de trabalho em equipe, cooperativamente, com responsabilidade, com objetivo comum, tendo consciência das razões desta configuração de trabalho.
Qualquer pessoa com meio neurônio sabe perfeitamente que o profissional individualista terá um tremendo azar no dia que ficar sozinho. Porque, se cair, não terá ninguém para ajudá-lo a se levantar. Com certeza, essa é a sina para quem não valoriza e não reconhece a “pedra de toque” do trabalho de equipe.
Reparando bem, não sei se é questão de vaidade, orgulho, pretensão, bestialidade, egocentrismo, como queira! Enfim, pessoas como estas, que possuem um EGO grande demais, pensam ser mais do que as outras e imaginam “ter um rei na barriga” como se diz no interior. Tenho certeza de que você, que está lendo este artigo, já se lembrou de várias...

LINCOLN CARTAXO DE LIRA

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